quinta-feira, 17 de abril de 2008
PROJETO ANTA NO PANTANAL
Iniciativa Nacional de Conservação da Anta Brasileira - Uma Nova Abordagem para a Conservação da Anta no Brasil
Desde 1996, a bióloga da conservação Patrícia Medici e a organização não-governamental IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas - vêm desenvolvendo um projeto de pesquisa e conservação da Anta Brasileira na Mata Atlântica da região do Pontal do Paranapanema, Estado de São Paulo, Brasil. Esta foi a primeira iniciativa de longo-prazo para a conservação da espécie no Brasil. O Pontal inclui o Parque Estadual Morro do Diabo (35.000 hectares), um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica do interior de tamanho significativo, e fragmentos de floresta do entorno. A Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados do planeta e está atualmente reduzida e fragmentada a 7% de seu tamanho original. Durantes os últimos 12 anos, Patrícia capturou, equipou com rádio-colar e monitorou continuamente 25 antas na área de estudo da Mata Atlântica. Isto possibilitou à equipe coletar uma enorme quantidade de dados e centenas de amostras de material biológico, gerando um banco de informações sobre área de uso, demografia, genética, epidemiologia, ecologia alimentar e muitos outros aspectos, informações estas de suma importância para o desenvolvimento de um Plano de Ação Regional para a Pesquisa e Conservação da Anta Brasileira na Mata Atlântica. Este Plano de Ação está atualmente em processo de desenvolvimento e será implementado durante o decorrer dos próximos anos.
Patrícia está neste momento dando novos passos em termos de promover a conservação da Anta Brasileira no Brasil. Patrícia e sua equipe estão estabelecendo a Iniciativa Nacional de Conservação da Anta Brasileira e expandindo seu alcance em termos de pesquisa e conservação da espécie para outras regiões do país, especificamente para outros biomas. Através do estabelecimento de projetos de pesquisa sobre a anta em diferentes regiões do país, Patrícia tem como meta criar uma perspectiva compreensiva e comparativa para a conservação da espécie, investigando sua ecologia em biomas diferentes da Mata Atlântica. Comparar a informação coletada sobre as antas em diferentes regiões vai permitir à Patrícia e sua equipe obter um entendimento mais claro sobre como as antas se comportam em diferentes biomas, sob diferentes níveis de distúrbio e diferentes matrizes de paisagem. Com isso, a equipe terá um melhor entendimento sobre a ecologia da anta e suas demandas conservacionistas e será capaz de avaliar a importância e magnitude dos fatores ecológicos afetando diferentes populações da espécie em diferentes regiões do país. Como consequência, Patrícia e sua equipe poderão promover o desenvolvimento e implementação de estratégias de conservação da Anta Brasileira específicas para diferentes partes da distribuição geográfica da espécie. Com base em todos estes aspectos, Patrícia e o IPÊ escolheram o Pantanal Brasileiro como o próximo site de estudo a ser estabelecido. A equipe de Patrícia está neste momento em processo de selecionar três áreas de estudo para o novo Projeto Anta Pantanal como parte da Iniciativa Nacional de Conservação da Anta Brasileira, áreas estas que deverão representar três diferentes tipos de Pantanal. A Pousada Xaraés foi selecionada como a primeira destas áreas de estudo e Patrícia e sua equipe já estão dando início às suas atividades de campo na área. Os próximos biomas brasileiros considerados para o estabelecimento de projetos anta no futuro próximo são a Amazônia e o Cerrado.
Para maiores informações sobre a Iniciativa Nacional de Conservação da Anta Brasileira e sobre o IPÊ, por favor visite: http://www.ipe.org/
Para maiores informações sobre a conservação de antas em geral, por favor visite: http://www.tapirs.org/
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